Num ano em que praticamente todos os sectores tiveram um decréscimo muito acentuado, a estabilização das vendas de motociclos e o atingimento do record mensal absoluto desde sempre em Julho de 2020, ultrapassando pela primeira vez a barreira das 5 mil unidades num mês, foram muito boas noticias para o setor.

Para além da tendência crescente da utilização de scooters em cidade como meio de transporte principal, como já acontece em muitas outras cidades do sul da Europa (ex: Barcelona, Madrid e Roma), para o que muito foi relevante a chamada “lei das 125” de 2009, que passou a permitir a quem tenha carta de carro e mais de 25 anos conduzir um motociclo até 125cc, esta situação de mercado em 2020 deve-se muito provavelmente a três fatores:

1. ao crescimento exponencial do números de estafetas para entregas ao domicílio de comida e compras online, decorrente do crescimento do comercio online e do confinamento, levando a que cada vez mais pessoas solicitassem entregas em casa,
2. à preocupação de evitar os transportes públicos (com maior risco de contágio), encontrando um meio de transporte igualmente económico, mas com menor tempo de espera e viagem:
3. e, claro, à própria crise económica, que tem obrigado as pessoas e famílias a repensarem os seus gastos e a procurarem formas mais baratas de mobilidade.

Verifica-se aliás que esta tendência é mundial, como comprova um recente artigo da Forbes, onde se pode perceber que a crescente maior adoção de bicicletas e o crescimento do mercado de motorização elétrica também ajudam a esta tendência.

Sendo certo que o receio que os motociclos provocam a boa parte da população pode constituir uma barreira a uma maior adesão, é também certo que com o crescimento de utilizadores e medidas de segurança que as cidades têm vindo a adotar, o risco de acidentes com outro tipo de veículos diminui. Além disso, empresas como a u-scoot (www.u-scoot.pt) , que disponibilizam soluções como simuladores de poupança, test drives e cursos de condução defensiva podem ajudar a convencer a fazer a mudança e a aderir a este meio de transporte cada vez mais utilizado em virtudes das suas vantagens em termos de poupança de custos, de redução de tempos de viagem, ambientais e mesmo de espaço utilizado para estacionamento.