O fenómeno Coldplay e o que podemos aprender com ele.


Que razões catalizam este fenómeno? Apenas e só a popularidade da banda e tudo o que ela representa, ou a vontade desmedida de participar em grandes eventos depois de 2 anos de isolamento? Ou ainda uma estratégia de marketing com ações ensaiadas e precisas?

Assistimos recentemente em Portugal à correria aos bilhetes para os concertos da banda Coldplay. Que razões catalisam este fenómeno? Apenas e só a popularidade da banda e tudo o que ela representa, ou a vontade desmedida de participar em grandes eventos depois de 2 anos de isolamento? Na verdade, podemos assumir que as duas são responsáveis. Leia mais aqui.

Após 2 anos de pandemia é inegável que todos estamos ávidos de sair, de viajar e claro, de ir a espetáculos. Estamos carentes de concertos ao vivo, de participar em grandes eventos que permitam experienciar com intensidade emoções que nos façam sentir vivos. A banda britânica Coldplay, considerada hoje a maior do mundo, com os seus concertos e postura perante a sociedade e os seus fãs, preenchem este vazio com aquilo a que podemos chamar uma “experiência total” vivida nos seus espetáculos.

Gostando ou não da sua música, a banda é expert em estabelecer conexões emocionais com seu público.

A marca Coldplay representa um modelo de negócio invejável. A começar no carisma do seu vocalista e porta-voz Chris Martin, que imprime uma mensagem bem clara: “acredite no amor”. Simples e precisa, a premissa está presente em todas as ações banda inglesa, fundada em 1996 pelo vocalista e o guitarrista, Jonny Buckland. “Viva la Vida” e “Paradise” são exemplos de mensagens que tocam milhões

Considerados politicamente corretos, os Coldpaly não se envolvem em polémicas do mundo artístico, seguem a tendência mundial apoiando a ESG ( Environmental, Social and Corporate Governance) adotando os critérios de conduta socialmente conscientes no que toca a comportamentos sustentáveis.

Cultivam uma imagem de positividade e relacionam-se constantemente com seus fãs, nas redes sociais e nos concertos, envolvendo-os e fazendo-os sentirem-se parte do seu universo.

Nos seus concertos da atual tournée são distribuídas pulseiras coloridas com luzes led feitas de plástico sustentável de origem vegetal, dotadas de AI, que mudam de cor de acordo com as músicas tocadas. Não são um presente e são devolvidas no final do evento, o que cria um inimaginável número de conexões.

No concerto que fizeram no Rock in Rio, o vocalista fez um playback em linguagem gestual, emocionando os muito milhares da assistência. Também distribuíram mochilas para que pessoas com deficiência auditiva pudessem usufruir das canções à sua maneira.

Quando Chris Martin canta, ao ar livre, a apanhar tanta chuva quanto o seu público, e articula refrões na língua do país em que se apresenta, ele estabelece imediatamente uma sintonia inigualável.

Gentileza, compaixão e empatia estão presentes em todas as ações nas estratégias criadas pela banda. Puro marketing? Quem se importa quando a banda vanguardista nos transporta para outra dimensão? Eles mantêm-se atentos ao mundo, adaptam-se aos tempos e entregam um produto de altíssima qualidade. E reinventam-se constantemente.

Roberta Medina comparou o show dos Coldplay no Rock in Rio deste ano, ao de Freddie Mercury, em 1995. É já considerada uma das apresentações históricas de sempre do festival.

O trabalho da banda é muito bem articulado e pensado. Estrategicamente ensaiando mas sem perder a emoção em cada evento. Proporcionam experiências que honram o valor da compra. Os Coldplay entregam mais do que o esperado e, a partir da sua inovação e conexão com o público, aumentam cada vez mais o número de admiradores.

 

Fonte: exame.com

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