E-commerce em Portugal cresce 5,2% em 2021 comparativamente a 2020


Ao longo da última década, o e-commerce tem evoluído tanto em crescimento como em inovação e tudo indica que dominará o futuro. A pandemia do COVID-19 veio impulsionar significativamente este crescimento e a criação de novas lojas online.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de utilização em Portugal do e-commerce em 2021 comparativamente a 2020, registou um aumento de 5,2%.

Paralelamente, dados do relatório Nielsen “Future Opportunities in FMCG E Commerce”, revelam que 66% dos portugueses estão abertos a fazer compras online e a recebe-las em casa e, 63%, a encomendar online e levantar os produtos em lojas físicas.

Nesta conjuntura, Portugal é o terceiro país europeu em que mais se reforçou a capacidade para acompanhar esta tendência da parte das empresas. A pandemia levou a um aumento do número de empresas que iniciaram ou reforçaram as vendas online de produtos e serviços e Portugal suplantou a média europeia (21%), sendo o terceiro país em que mais empresas aumentaram esse esforço, de acordo com o Eurostat.

Malta lidera o top 3 (32%), seguida pelo Chipre (23%). O resultado tem como base um inquérito feito a 148 000 empresas, pelos institutos nacionais de estatística dos vários países ao longo de 2021.

Estes números confirmam que o e-commerce é uma indústria em constante mudança, a par dos avanços tecnológicos consolidando o potencial do comércio eletrónico.

Estas são algumas das tendências emergentes no e-commerce:

Compras através das redes sociais

As redes sociais mudaram a forma como nos informamos, interagimos e nos divertimos e também a forma como fazemos compras. Um estudo da GWI, empresa dedicada à análise de dados, revela que 64% dos consumidores afirmam descobrir marcas e produtos através das redes sociais, concluindo que estas desempenham um papel importante na descoberta de marcas e produtos.

Esta conclusão leva a que as marcas invistam mais neste meio: a WARC, consultora de marketing internacional, prevê para 2022 um aumento do investimento nas plataformas digitais na ordem dos 23,1% ainda este ano e um aumento do investimento publicitário nestes meios, tendo em conta o registado no último trimestre de 2021 (+22%).

Esta tendência irá continuar ao longo deste ano e iremos cada vez mais assistir à correlação estreita entre as redes sociais, muitas vezes através dos influencers que as dominam, e as plataformas de vendas online.

A publicidade mais tradicional continua também de forma geral a ser um meio através da qual os consumidores ficam a conhecer outras marcas (28%), seguida de recomendações e comentários nas redes sociais (23%) e de atualizações nas páginas das redes sociais das marcas (17%).

Sustentabilidade

As marcas verdes são na maioria das vezes recompensadas com uma maior fidelidade da parte dos e-shoppers. Atentas a esta evidência, são cada vez mais as empresas que evitam o uso de plástico nos seus envios, muitas evoluíram para a utilização exclusiva de materiais reciclados nas suas embalagens e algumas incluíram informação sobre como as reciclar da forma correta.

Realidade virtual/aumentada

Neste momento perspetiva-se que o futuro do e-commerce passará pela realidade virtual ou por experiências híbridas, onde elementos reais se misturam com elementos digitais. Muitos dos grandes protagonistas do sector estão a desenvolver ferramentas nesse sentido e talvez já em 2022, teremos grandes surpresas.

As tendências do comércio eletrónico a ter em conta no próximo ano são muitas, e será imprescindível que as marcas se mantenham atentas e acompanhem à mesma velocidade as contantes inovações, para corresponderem às exigências e necessidades dos consumidores.

 

 

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